quinta-feira, 28 de junho de 2012

Olhinhos de Gato - Cecília Meireles


Esse livro de Cecília Meireles conta a vida da escritora,  relatada em um diário que ela mesmo escreveu através da sua vida, relatando histórias encantadas da ama, as descrições suaves dos moradores da rua do bairro do Estácio, no Rio de Janeiro. Ela passa por momentos de alegrias e momentos de tristeza.
Ela mostra o que ela ta sentido através da musica do canto e das poesias que era o ato dela mostrar como ela se sentia no meio de pessoas muitos estranhas e que ela vai cada vez mais pegando confiança e uma certa intimidade.
Olhinhos de gato ( Cecília Meireles) é uma menina muito esperta, pois estava atenta a tudo que acontecia a seu redor. Era criada pela avó Jacinta que no livro é chamada Boquinha de doce, após a morte dê seus pais. Sua avó lhe tratada com muitos mimos e fazia lindos i belos vestidos com babados, fitas, renda e ponto russo; para lhe fazer feliz.
A menina também convivia com sua ama que era chamada de Dentinho de Arroz, era silenciosa, olhos negros, levemente vesgos,  mágoa no olhar. Com ela, Olhinhos de Gato se divertia subindo a ladeira suspensa no ombro.
Havia ainda a presença carinhosa da Maria Maruca e Có, agregados da família, de tia Totinha, que Olhinhos de Gato considerava sábia porque tocava piano e fazia pão-de-ló. Olhinhos de Gato tem alma feminina; cheiros, sons e sabores da infância. Uma infância povoada de lembranças, de solidão e do sentimento sempre presente da morte, por causa da morte de seus pais.
E outro tipo de dor que acontece na vida da menina é quando eles cortam os seus cabelos,  seus cachos bem curtos, e ela se sente estranha, como se fosse outra pessoa. Ela leva pra casa e entrega-os para avó, que em troca lhe da uma cadeirinha de vime e sentada na cadeira acontece várias coisas que faz com que Olhinhos de Gato descobre que consegue ver os mortos, mas nem os vivos e nem os mortos sabem  disso.

Vinícius de Morais

Como poeta, Vinícius integra o grupo de poetas religiosos, que se formou no Rio de Janeiro entre as décadas de 1930 e 1940.
Em sua Antologia poética, publicada em 1955, Vinícius de Morais, assinalava que sua obra consistia m duas fases: " A primeira, transcendental, frequentemente mística, resultante de sua fase cristã, termina com o poema 'Ariana, a mulher'. Na segunda "estão nitidamente marcados os movimentos de aproximação do mundo material, com a difícil mas consistente repulsa ao idealismo dos primeiros anos".
A primeira fase de Vinícius é marcada pela preocupação religiosa, pela angústia existencial diante da condição humana e pelo desejo de superar, por meio de transcedência mística, as sensações de pecado, culpa e desconsolo que a vida terrena oferece.
Em 1943 o poeta torna-se interessado nos temas cotidianos, nas coisas simples da vida, e explora com sensualismo os temas do amor e da mulher. A linguagem também tende à simplicidade: o verso livre passa a ser mais empregado, a comunicação fica mais direta e dinâmica.

Cecília Meireles

A primeira grande escritora da literatura brasileira e a principal voz feminina de nossa poesia moderna, nasceu no Rio de Janeiro, onde fez seus primeiros estudos e se formou professora.Sempre preocupada com a educação de crianças, dedicou-se ao magistério, ao mesmo tempo que desenvolvia uma intensa atividade literária e jornalística, colaborando em quase todos os jormais e revistas cariocas da época. Em 1919, lançou seus primeiro livro de poemas, Espectros, bem recebido pela crítica. A partir da década de 1930, já conhecida e respeitada, passou a lecionar literatura luso-braisleira na Universidade  do Distrito Federal e a dar cursos e fazer conferências em vários países, como Portugal e Estados Unidos. Sempre cultivou um intersse enorme pelo Orientee, em 1953, esteve na Índia e em Goa.
A produção literária de Cecília Meireles é ampla. Embora mais conhecida como poetisa, deixou contribuições no domínio do conto, da crôinica, da literatura infantil e do folclore.
É dela um dos livros mais lidos e apreciados de literatura infantil, Isto ou Aquilo, que reúne poemas suaves e musicais sobre os sonhos e as fantasias do imaginário infantil: os jogos, os brinquedos, os animais, as flores, a chuva.


Características de Cecília Meireles :

* O espiritualismo e o orientalismo
* Seleção vocabular e forte a inclinação para a musicalidade
* A efemeridade do tempo

Jorge de Lima

Jorge de Lima ( 1893-1953) nasceu em Alagoas, onde fez seus primeiros estudos.
Lançadas numa época em que predominava o ramance regionalista, suas obras chama a atenção por características como o cristianismo, o surrealismo, o regionalismo, a urbanidade, a crítica social, a reflexão filosófica, a fragmentação narrativa e as referências bíblicas aos mitos da criação, da queda e do apocalipse, às vezes apresentadas simultaneamente.
Na década de 1920, aderiu ás propostas modernista, passando a cultivar temas relacionados à paisagem nordestina, como o folclore, a fauna e a flora locais, o reencontro com a infância, a miséria do povo e a consciência social.
Sua poesia, ao mesmo tempo que denuncia a condição de exploração e marginalização a que sempre foram submetidos os negros no país, consegue também captar sua linguagem, sua almam seu modo de pensar e agir.
A partir de 1935, tendo o autro se convertido ao catolicismo, o enfoque principal torna-se a defesa da causa cristã.

Murilo Mendes

Murilo Mendes (1901-1975) nasceu em Juiz de Fora, Minas Gerais.
Visto no Brasil como escritor difícil, Murilo Mendes tem sido esquecido ao longo dos anos. Mias do que difícil, porém, sua poesia é surpreendente. O estranhamento que ele provoca deve-se à linguagem fragmentada, às imagens insólitas, à visão messiânica do mundo e à simbologia própria que apresenta.
Partindo de uma concepção de que o mundo é o próprio caos, a poesia de Murilo Mendes busca o tempo todo destruir para recontruir, subverter a ordem das coisas instituídas para reorganizá-las de acordo com leis próprias.
Murilo Mendes lançou-se na literatura como autor modernista, publicando algumas de suas produções nas revistas paulistas na década de 1920. Sua obra de estreia, Poemas, veio a público somente em 1930 e nela já se notavam alguns dos traços que iriam marcar sua poesia futura: a dilaceração do eu em comflito, a presença constante de metáforas e símbolos, a inclinação para o surrealismo e os constrastes entre abstrato e concreto, lucidez e delírio, realidade e mito.
Sem romper com nenhum das posições tomadas anteriormente, Murilo Mendes concilia a poesia religiosa com as contradições do e, com a preocupação social e com o sobrenatural surrealista. Cria, assim, um conceito particular de religiosidade, unido à arte e a um senso prático da vida-erotismo, democracia e socialismo.

Carlos Drummond de Andrade

Drummond foi poeta e prosador admirável. A dimensão e a riquesa de seus escritores produzidos de 1930 a 1986 ainda requerem investigação mais profunda e abrangente.
Se considerarmos os 56 anos de carreira poética do autor, pelo menos quatro fases podem ser identificadas em sua produção:


1ª : Fase Gauche : Chamada consciência e isolamento

* Características: 

Nessa fase a traços como pessímismo, individualismo, isolamento e a reflexão existencial.


2ª : A Fase Social Todo o sentimento do mundo

 * Características:


Manisfesta o interesse pelos problemas da vida social, produz uma literatura social, engachada, numa causa política.



3ª : A Terceira Fase O signo do não

* Características :

→ Nessa fase o autor seguiu duas orientações : poesia reflexiva, poesia filosófica e metafísica, aparece em temas relacionado a morte, o tempo.
→ Na poesia nominal tendência ao concretivismo, recursos fonicos, visuais e gráficos.



4ª : Última Fase : Tempo de memória

* Características :

→ Infância, a cidade Intabera (MG), o pai, a família, a piada, o humor cotidiano e a auto irônia.

Dionélio Machado

Dionélio Machado ( 1895-1985), gaúcho de Quaraí.
Dionélio situa-se entre os autores intimistas e urbanos da geração de 1930 que trabalharam na linha da exploração psicológica.
Tendo sido Dionélio homem de esquerda, era de esperar que sua análise dos problemas humanos fosse feita sob o ângulo das relações de exploração social. Contudo, o escritor surpreende. Em suas narrativas, a análise dos problemas humanos é feita a partir das pequenas coisas massacrantes que envolvem o dia-a-dia das pessoas comuns e as anulam. O social, embora em permanente tensão com o individual, nunca se sobrepõe a este, de modo que a obra jamais cai no panfletário ou na propaganda partidária. O leitor é quem, costurando os fatos banais da existência, extrai sua conclusão a respeito dos efeitos do sistema capitalista sobre o indivíduo comum, assalariado, impotente na engrenagem social.

Érico Veríssimo

A obra do autor costuma ser dividida em três fases.
 A primeira inicia-se com a publicação de Clarissa (1933), que acaba sendo a primeira de uma série de romances, e completa-se com Olhai os lírios do campo e O resto é silêncio. Essa primeira fase do ramancista caracteriza-se pelo registro do cotidiano da vida urbana de Porto Alegre e pela apresentação de certos problemas morais, sociais e humanos decorrentes da vigência de valores degradados.
A segunda fase do escritor corresponde a O tempo e o vento, obra cíclica que trata da formação do Rio Grande do Sul. Nessa obra, demonstra pleno amadurecimento de processos técnicos e expressivos e se firma como um legítimo retratista do povo gaúcho.
Pode-se reconhecer na obra do romancista ainda uma terceira fase, representada por O prisioneiro, O senhor embaixador e Incidente em Antares, caracterizada por uma postura mais universalista, mais crítica e de engajamento social.

Jorge Amado

Jorge Amado (1912-2001) nasceu em Pirangi, no Estado da Bahia.
A maior parte das obras do escritor, principalmente as primeiras que publicou, apresenta preocupação política-social, denunciando, num tom direto, lírico e participante, a miséria e a opressão do trabalhador rural e das classes populares.
Conforme o autor foi amadurecendo, sua força poética voltou-se para os pobres, para a infância abandonada e deliquente, para a miséria do negro, para o cais e os pescadores de sua terra natal, para a seca, o cangaço, a exploração do trabalhador urbano e rural e para a denúncia do coronelismo latifundiário.

Alfredo Bosi, crítico literário, distingue na obra do escritor cinco fases:

a) Um primeiro momento de águas-fortes da vida baiana, rural e citadina ( Cacau, Suor), que lhe deram a fórmula do "romance proletário";

b) Depoimentos líricos, isto é, sentimentais, espraiados em torno de rixas e amores marinheiros ( Jubiabá, Mar Morto, Capitães da Areia);

c) Um grupo de escritores de pregação partidária ( O Cavaleiro da Esperança, O Mundo da Paz);

d) Alguns grandes afrescos da região do cacau, certamente suas inovações mais felizes, que anima de tom épico as lutas entre coronéis e exportadores ( Terras do Sem-Fim, São Jorge dos Ilhéus);

e) Mais recentemente, crônicas amaneiradas de costumes provincianos ( Gabriela, Cravo e Canela, Dona Flor e seus Dois Maridos). Nessa linha, formam uma obra à parte, menos pelo espírito que pela inflexão acadêmica do estilo, as novelas reunidas em Os Velhos Marinheiros. N última fase abandonam-se os esquemas de literatura ideológica que nortearam os romances de 30 e de 40; e tudo se dissolve no pitoresco, no "saboroso", no "gorduroso", no apimentado do regional.

José Lins do Rego

A decadência da estrutura social e econômica dos latifúndios e engenhos da zona açucareira da Paraíba e de Pernambuco, bem como o início da modernização, com a chegada das usinas, encontra sua maior expressão literária na prosa de José Lins do Rego.
José Lins do Rego (1901-1957) nasceu no município de Pilar, Paraíba.
Muito da obra do escritor concilia ficção com as recordações dos tempos de menino e adolescente, quando vivia na fazendo do avô paterno, juntamente com tios e primos. Numa linguagem fluida, saolta, popular, o escritor capta a vida nordestina por dentro e registra-a num momento em que se operavam no Nordeste transformações de ordem social e econômica profundas, fruto da decadência do engenho, logo substituído pela usina moderna.
José Lins do Rego não tem a envergadura ideológica nem a capacidade de análise e de crítica social de Graciliano Ramos; contudo, como poucos, capta e transpõe para a literatura o imaginário do povo nordestino antes dele expresso apenas nas narrativas orais, nos romances cantados e na literatura de cordel.

Segundo o próprio autor, sua obra pode ser dividida em ciclos. São eles:

* Ciclo de cana-de-açúcar: Menino de engenho, Doidinho, Banguê, Fogo morto e Usina;

* Ciclo do cangaço, misticismo e seca: Pedra Bonita e Cangaceiros;

* Obras independentes: romances vinculados aos dois ciclos: Moleque Ricardo, Pureza, Riacho doce; romances desvinculados dos ciclos: Água-mãe e Eurídice.

Rachel de Queiroz

Rachel de Queiroz (1910-2003) nasceu em Fortaleza, Ceará.
Em 1927, além de atuar como professora primária, começou a colaborar no jornal O Ceará, com poemas e crônicas. Tornou-se conhecida, entretanto, com a publicação de O Quinze, em 1930, quando tinha apenas 20 anos.
No conjunto, de prosa de Rachel de Queiroz é enxuta e dinâmica, sobretudopelos efeitos que extrai da técnica do discurso direto, o que associa sua forma de narrar à tradição da novelística popular. Com consequência, seu texto ganha agilidade. Aproxima os fatos narrados e se torna mais saboroso, ao gosto do grande público.
Os quatros romances iniciais de Rachel revelam intensa preocupação social. Os dois primeiros - O Quinze e João Miguel - aprofundam o tema da seca, já introduzido por José Américo em A bagaceira, e ampliam a abordagem ao tratar também do coronelismo e dos impulsos passionais do sertanejo. Além disso, as obras de Rachel de Queiroz introduzem um elemento novo, o enfoque psicológico, que dá às personagens uma dimensão mais humana e completa.

Graciliano Ramos

Graciliano Ramos (1892-1953) é o principal romancista da geração de 1930. Nasceu em Quebrângulo, Alagoas, e viveu em várias cidades nordestinas, como Buíque, Viçosa, Maceió e Palmeira dos índios, da qual seria prefeito em 1927. Além de ter se dedicados à literatura, o escritor também exerceu atividades ligadas ao jornalismo, à vida pública e à política.
Em 1936, durante o governo  Vargas, foi preso sob acusação de subversão e, depois de passar por várias prisões, foi levado para a Ilha Grande, no Estado do Rio de Janeiro, onde permaneceu dez meses encarcerado. Dessa experiência, nasceria Memórias do Cárcere, obra que ultrapassa os limites do pessoal para se tonrnar um importante depoimento da realidade brasileira da época e uma denúncia do atraso cultural e do autoritarismo da era Vargas. Libertado, Graciliano Ramos, mudou-se para o Rio de Janeiro.
Como romancista, Graciliano Ramos alcançou raro equilibrio ao reunir análise sociológica e psicológica. Como poucos, retratou o universo do sertanejo nordestino, tanto na figura do fazendeiro autoritário quanto na do caboclo comum, o homem de inteligência limitada, vítima das condições do meio natural e social, sem iniciativa, sem consciência de classe, passivo diante dos poderosos.
Contudo, em Graciliano o regional não caminha na direção do específico, do particular ou do pitoresco; ao contrário, as especificidades do regional são um meio para alcançar o universal.Suas personagens, em vez de traduzir experiências isoladas, revelam uma condição coletiva: a do homem explorado socialmente ou brutalizado peplo meio.
Graciliano Ramos não foi apenas romancista; escreveu, ainda, contos, crônicas e impressões de viagens.

Autores - 2ª Fase do Modernismo

* Graciliano Ramos
* Rachel de Queiroz
* José Lins do Rego
* Jorge Amado
* Érico Veríssimo
* Dionélio Machado
* Carlos Drummond de Andrade
* Murilo Mendes
* Jorge de Lima
* Cecília Meireles
* Vinícius de Morais

2ª Fase do Modernismo - Prosa


Caracteristica : 

* Denúncia social, realidade brasileira, expremi um elevado grau de tensão nas relações do EU com o mundo.
* Regionalismo; relações do personagem com o meio natural e social. Destaque especial para escritores nordestinos.
* O primeiro romance do regionalismo nordestino foi A bagaceira, de Jose Américo de Almeida,  publicado em 1928. Foi o marco na história literária do Brasil, sua importância deve-se a temática ( a seca, os retratos, o engenho) e o caráter  social do romance do que aos valores estéticos.

2ª Fase do Modernismo - Poesia - 1930-1945


 Características :

* Poesia de amadurecimento e um aprofudamento das conquistas da geração de 1922.
* Repensando a nossa história com muito humor e ironia.
* Cultivam o verso livre e a poesia sintética.
* Uma literatura mais construtiva e mais politizada, voltada para o espiritualismo e o intimismo.
* Aprofundamento das relações do EU com o mundo, mesmo com a consciência da fragilidade do EU.
* Na temática uma nova postura do artista, passa a questionar com maior vigor a realidade, passa a SE questionar tanto com um indivíduo em sua tentativa de exploração e de interpretação do estar - no - mundo, como em seu papel de artista.

Oração Subordinada Adverbial


                                               Oração Subordinada Adverbial


Funciona como um adverbio de oração principal .

Ex: Ele saiu quando amanheceu :
Ele saiu → Oração Principal
Quando amanheceu → O.S.A Temporal.


* Classificam-se em: Causais, consecutivas, finais, concessivas, conformativas, temporais, comparativas, proporcionais, condicionais.

                                      
                                Oração subordinada adverbial causal


Indica uma circunstância de causa, motivo.
Indica uma oração subordinada causal.

*  Visto que, por isso, pois, já que, como, uma vez que, porque...

Ex: Pararam, a pesquisa porque era tarde.
Pararam a pesquisa → O. Principal
Porque era tarde → O.S.A Causal

                   
                            Oração subordinada adverbial consecutiva



Expressa uma consequência, um efeito ou resultado. É iniciada por uma conjunção subordinada consecutiva.

*  Que → tão, tal, tamanho, tanto.

Ex: Estudou tanto que conseguiu ser aprovado
Estudou tanto → O.Principal
Que → Conjunção
Conseguiu ser aprovado → O.S.A. Consecutiva

                          
                                Oração subordinada adverbial final


Denota uma finalidade, um objetivo. É iniciada pelas conjunções:

* Porque, a fim de que, para que.

Ex: Fiz tudo para que eles estudassem
Fiz tudo → O. Principal
Para que → Conjunção
Eles estudassem → O.S.A. Final


                             Oração subordinada adverbial concessiva


Indica concessão a idéia, expressa pelo verbo da oração principal, isto é, adimite uma contradição ou um fati inesperado.

* Embora, ainda que, mesmo que, se bem que.

Ex: Cantou bem embora estivesse afônica
Cantou bem → O. Principal
Estivesse afônica → O.P.A. Concessiva


                             Oração subordinada adverbial Conformativa


É aquela que exprime acordo ou conformidade de um fato com outro. É iniciada pelas conjunções :

* Conforme, segundo, consoante, como.

Ex: Choveu muito conforme previram.
Choveu muito → O.Principal
Conforme previram → O.S.A.Conformativa


                              Oração subordinada adverbial temporal


Indica o tempo em que se realiza o fato expresso na oração principal. É iniciada pelas conjunções :

* Quando, antes que, depois que, até que, logo que, enquanto.

Ex: Todos o bajularam enquanto foi famoso.
Todos o bajularam → O.Principal
Enquanto foi famoso → O.S.A.Temporal


                             Oração subordinada adverbial comporativa


Expressa a idéia de comparação. É iniciada pelas conjunções :

* Como, (do)que precedido de mais, menos, menor, melhor, etc.

Ex: Ela falava como uma poetisa.
Ela falava → O.Principal
Como uma poetisa → O.S.A.Comparativa


                             Oração subordinada adverbial proporcional


Expressa a idéia de proporcionalidade. É iniciada pelas conunções :

* Á medida que, ao passo que, a proporção que, quanto → precedido de mais, menos, menos, melhor, etc. ( apenas o quanto).

Ex: Quanto mais convivo com adolescentes mais encantado fico.
Quanto mais convivo com adolescentes → O.S.A.Proporcional
Mais encantado fico → O.Principal


                           Oração subordinada adverbial condicional


Expremi uma condição ou hipótese. É iniciada pelas conjunções :

* Se, caso, contanto que, salvo-se, desde que, a menos que, a não ser que.

Ex: Trarei os livros se os encontrar.
Trarei → O.Principal
Os livros se os encontrar → O.S.A.Condicional

Frederico Paciência - Mario de Andrade

Juca na fase escolar conhece Frederico Paciência, os dois se aproximam e se tornam grande amigos. A amizade de Juca e de Frederico gera boatos devido ao fato que os dois só ficavam       juntos, um garoto apanhou dos dois meninos porque insinuou algo. Foi a glória para Juca. Outra vez, os dois partilharam a posse momentânea de um livro sobre a história da prostituição. Era uma intimidade num campo perigoso, sexualidade, ao mesmo tempo que gerara remorso em Juca, pois, com tal livro, havia contribuído para macular a imagem solar e pura do amigo.

E por aí os dois vão, deliciando-se em passear abraçados da casa de um para a casa de outro, a ficar no sofá, cabeças unidas. Era um recalque, assim como o era a maneira como se deliciavam em discutir e se agredirem. Mas queriam apenas intuir a sensualidade, sem jogar para o consciente. Qualquer tentativa em contrário era reprimida.

Um dia, velório do pai de Frederico, os dois tiveram um momento mágico de sedução. Depois de expulsar um homem preocupado, como abutre, com negócios ligados ao falecimento, Juca e seu amigo vão para o quarto. Frederico fica conversando na semi-escuridão. Juca perde-se admirando os lábios carnudos de seu amigo, deitado. Percebendo o lance, Frederico pára de conversar e levanta-se da cama. Falta pouco, percebe-se, para os dois entregarem-se.

No entanto, a lembrança do pai, ainda sendo velado, parece impor-se entre os dois, esfriando completamente o clima. A partir de então, a amizade muda de rumo, perdendo a intensidade.

Por fim, o tanto vira nada. Terminado o colégio, separaram-se, Frederico indo para o Rio. Anos depois, Juca fica sabendo da morte da mãe de seu antigo amigo. Era a grande chance de reatar tudo, sob o pretexto de consolar o necessitado. Mas termina por mandar um telegrama formal, o que arrefece de vez todo o relacionamento.