segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Contos para terceira idade

                                                       O monge
                                                                                     Singlind Elfrida Bach
                                                                                                Canoinhas -SC

  Meu esposo Walter e eu nas férias, viajávamos pelosinteriores de Santa Catarina e Paraná. Como de custume carregava sempre consigo sua maquina fotográfica e seus pertences, lente tripé, como se usava naquela época de mais ou menos uns 40 anos atrás.
  Ele adorava fotografar igrejas, seus interiores altares e púlpitos, às veses com muitos entalhes admiráveis. numa dessas viagens ele andou muito. já cansado ele entrou numa igreja, nada achou digno de fotografar, luz péssima, escuro e mormaço. sentou-se num banco mais para meditardo que para descansar. Ora, talvez desse nesse lusco-fusco uma foto original com esse pequeno raio de sol que entra va pela janela. Armou o tripé, calculou a luz, exposição, etc. Uns bancos no primeiro plano, uma coluna e parte da janela qunado notou qualquer coisa ao seu lado, um senhor.
  um monge capuchinho, a vestimenta dos discipulos de São Francisco, daquela época! Barba grande e branca, quase branca demais para a escuridão. Ora deu mais tempo de exposição na lente. é um tanto de sorte, pensou Walter. Dirigiu-se ao monge... "o senhor não se incomoda se eu bater uma foto aqui Sr. Padre?" - ao que ele deu apenas um sorriso que traduziu como benevolente permissão. Imaginando quue desse uma boa foto: um monge ajoelhado aos pés do altar orando. Mas parece uma profanação pedir isso ao Senhor, ao que o monge respondeu: Isso meu filho depende das idéias que você tem e também dos seus pensamantos. Não atrapalho na sua concentração ou oração? Olhe moço, quem resa compentrado não se deixa atrapalhar por coisas desse mundo, mas está na hora de minha oração; sou frei Câncio - esteja avontade.
  O frade foi mais perto de altar e ficou orando ajoelhado. Walter olhando talvez desse uma boa foto com esse nesgazinha de luz. E lá foi ele, ajustou o tripé, focalizou e deu segundos de exposição. Querendo se despedir do monge mas não viu mais niguém na igreja. Bem até aí tudo normal. chegou em casa e revelou os filmes batidos em viagem. Deram ótimos negativos, e boas fotos do monge. O monge, o rosto, sua barba branca e parte do genuflexório.
  Fez ampliações, fisionomia característica, um ar de santo. Será que ele vai gostar? Foram as primeiras a revelar e ampliar. E para atender mais rápido sua promessa, pois tinha prometido entregar na residencia do Sr. Bispo (pois o lugar era bispado) com o pedido de serem entregues ao frei Câncio. O auxiliar do banco onde nosso gento trabalhava entregou as fotos ao Bispo, que estupefato, telefonou ao nosso genro "Francisco" que viesse se fosse possível o quanto antes, pois tinha muito o que explicar sobre as fotos.
   Francisco foi imediatamente, e sua Eminência recebeu-o muito amavelmente. Conversaram Bastante, pegou as fotos ampliadas  e falou: compare-as agora com esta tela cuja pintura já escurecida pelo tempo e que eu gosto de olhá-la para me cocentrar, meditando diante dese quadro me dá um bem-estar, calma e força. dizem que este monge foi um santo em vida. Morreu em 1870 e esta sepultado perto da igreja. Tem lá uma laje com seu nome. E acrescentou bem baixinho: dizem que vai rezar todos os dias na Igreja, porém poucos o veêm. Até agora, disse o Bispo, leva-va isso como disque-disque... mas agora acredito.

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