quinta-feira, 28 de junho de 2012

Murilo Mendes

Murilo Mendes (1901-1975) nasceu em Juiz de Fora, Minas Gerais.
Visto no Brasil como escritor difícil, Murilo Mendes tem sido esquecido ao longo dos anos. Mias do que difícil, porém, sua poesia é surpreendente. O estranhamento que ele provoca deve-se à linguagem fragmentada, às imagens insólitas, à visão messiânica do mundo e à simbologia própria que apresenta.
Partindo de uma concepção de que o mundo é o próprio caos, a poesia de Murilo Mendes busca o tempo todo destruir para recontruir, subverter a ordem das coisas instituídas para reorganizá-las de acordo com leis próprias.
Murilo Mendes lançou-se na literatura como autor modernista, publicando algumas de suas produções nas revistas paulistas na década de 1920. Sua obra de estreia, Poemas, veio a público somente em 1930 e nela já se notavam alguns dos traços que iriam marcar sua poesia futura: a dilaceração do eu em comflito, a presença constante de metáforas e símbolos, a inclinação para o surrealismo e os constrastes entre abstrato e concreto, lucidez e delírio, realidade e mito.
Sem romper com nenhum das posições tomadas anteriormente, Murilo Mendes concilia a poesia religiosa com as contradições do e, com a preocupação social e com o sobrenatural surrealista. Cria, assim, um conceito particular de religiosidade, unido à arte e a um senso prático da vida-erotismo, democracia e socialismo.

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