quinta-feira, 28 de junho de 2012

Graciliano Ramos

Graciliano Ramos (1892-1953) é o principal romancista da geração de 1930. Nasceu em Quebrângulo, Alagoas, e viveu em várias cidades nordestinas, como Buíque, Viçosa, Maceió e Palmeira dos índios, da qual seria prefeito em 1927. Além de ter se dedicados à literatura, o escritor também exerceu atividades ligadas ao jornalismo, à vida pública e à política.
Em 1936, durante o governo  Vargas, foi preso sob acusação de subversão e, depois de passar por várias prisões, foi levado para a Ilha Grande, no Estado do Rio de Janeiro, onde permaneceu dez meses encarcerado. Dessa experiência, nasceria Memórias do Cárcere, obra que ultrapassa os limites do pessoal para se tonrnar um importante depoimento da realidade brasileira da época e uma denúncia do atraso cultural e do autoritarismo da era Vargas. Libertado, Graciliano Ramos, mudou-se para o Rio de Janeiro.
Como romancista, Graciliano Ramos alcançou raro equilibrio ao reunir análise sociológica e psicológica. Como poucos, retratou o universo do sertanejo nordestino, tanto na figura do fazendeiro autoritário quanto na do caboclo comum, o homem de inteligência limitada, vítima das condições do meio natural e social, sem iniciativa, sem consciência de classe, passivo diante dos poderosos.
Contudo, em Graciliano o regional não caminha na direção do específico, do particular ou do pitoresco; ao contrário, as especificidades do regional são um meio para alcançar o universal.Suas personagens, em vez de traduzir experiências isoladas, revelam uma condição coletiva: a do homem explorado socialmente ou brutalizado peplo meio.
Graciliano Ramos não foi apenas romancista; escreveu, ainda, contos, crônicas e impressões de viagens.

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