quinta-feira, 28 de junho de 2012

José Lins do Rego

A decadência da estrutura social e econômica dos latifúndios e engenhos da zona açucareira da Paraíba e de Pernambuco, bem como o início da modernização, com a chegada das usinas, encontra sua maior expressão literária na prosa de José Lins do Rego.
José Lins do Rego (1901-1957) nasceu no município de Pilar, Paraíba.
Muito da obra do escritor concilia ficção com as recordações dos tempos de menino e adolescente, quando vivia na fazendo do avô paterno, juntamente com tios e primos. Numa linguagem fluida, saolta, popular, o escritor capta a vida nordestina por dentro e registra-a num momento em que se operavam no Nordeste transformações de ordem social e econômica profundas, fruto da decadência do engenho, logo substituído pela usina moderna.
José Lins do Rego não tem a envergadura ideológica nem a capacidade de análise e de crítica social de Graciliano Ramos; contudo, como poucos, capta e transpõe para a literatura o imaginário do povo nordestino antes dele expresso apenas nas narrativas orais, nos romances cantados e na literatura de cordel.

Segundo o próprio autor, sua obra pode ser dividida em ciclos. São eles:

* Ciclo de cana-de-açúcar: Menino de engenho, Doidinho, Banguê, Fogo morto e Usina;

* Ciclo do cangaço, misticismo e seca: Pedra Bonita e Cangaceiros;

* Obras independentes: romances vinculados aos dois ciclos: Moleque Ricardo, Pureza, Riacho doce; romances desvinculados dos ciclos: Água-mãe e Eurídice.

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